O novo valor do salário mínimo deverá ser R$ 722,90, segundo anúncio
feito pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela esteve no
Congresso para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014. Atualmente, o salário mínimo é
de R$ 678.
O texto deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do
ano. O reajuste passa a valer em 1º de janeiro de 2014. De acordo com a
ministra, o reajuste terá um impacto de R$ 29,2 bilhões.
"O novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo
que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das
famílias no Brasil, que tem nos levado a patamares de qualidade de vida
muito superiores", disse Belchior.
A previsão do salário mínimo aumentou em relação ao que já tinha
sido apontado pelo próprio governo. O valor anteriormente indicado na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) era de R$ 719,48.
Segundo a Agência Senado, a proposta para a Lei Orçamentária
Anual de 2014 será examinada inicialmente pela Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), presidida pelo senador Lobão
Filho (PMDB-MA). O relator da Ploa é o deputado federal Miguel Corrêa
(PT-MG).
Impacto na inflação. O valor de R$ 722,90 para o salário mínimo
em 2014 ficou dentro do esperado pelos profissionais consultados
pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, e em nada
altera seus cenários para a inflação do próximo ano.
De acordo com a política de valorização do salário mínimo, a
marca de R$ 722,90 embute uma expectativa de INPC de 5,72% este ano que,
somada ao crescimento da economia no ano passado, resulta em reajuste
de 6,62%.
No cenário aguardado pelo especialista em inflação da LCA
Consultores, Fábio Romão, o mínimo deve ter aumento dos atuais R$ 678,00
para R$ 725,00, número ligeiramente acima do indicado pelo Ministério
do Planejamento, porque a LCA trabalha com uma inflação de 6,10% em
2013.
"A diferença, em termos de impacto na inflação, é pequena. O
resumo da ópera é que, seja R$ 722,90 ou R$ 725,00, o mínimo não será
foco de pressão sobre os preços de 2014, já que o governo deixou claro
que vai obedecer a regra estabelecida para o reajuste", disse Romão.
O economista lembra que os aumentos reais do salário mínimo têm
sido paulatinamente menores nos últimos anos - 7,5% em 2012, 2,7% em
2013 e 0,9% em 2014 -, o que, de certa maneira, funciona como um certo
alívio, diante de tantas pressões inflacionárias que se avizinham da
economia.
(Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado)
Fonte: O Estado de S. Paulo
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